Pessoal,
Acabei de ver a notícia divulgada hoje, com base em dados da Fundação Seade, de que o número de adolescentes grávidas entre 10 e 19 anos diminuiu 37% em 11 anos no Estado de São Paulo.
Ainda há muito a fazer, mas isso já me deixa muito feliz! Agora sendo mãe, ainda mais!
Como obstetra já há tempos conheço os riscos de uma gravidez nessa fase da vida.
Mas agora como mãe do Pedro, isso me toca ainda mais. A chegada de um bebê à nossa vida já é complicado mesmo quando isso é programado, dentro de uma estrutura familiar bem estabelecida. O cansaço, o desgaste físico e emocional principalmente nos primeiros meses é grande. Imagine isso tudo numa fase em que, por si só, já estamos emocionalmente abaladas, vivendo uma montanha-russa de emoções o dia inteiro.
Por se tratar de uma fase muito peculiar da vida da mulher, a adolescência não é realmente uma boa hora para engravidar e é considerada uma gestação de alto risco, mesmo em mães saudáveis.
Há mais chances de bebês de baixo peso, pressão alta e depressão pós parto, entre outros problemas.
O importante, então, é tentar prevenir que isso aconteça. As meninas tem iniciado a vida sexual mais cedo, mas isso não precisa significar gravidez e nem doenças sexualmente transmissíveis.
Não dá para fingir que não estão namorando, isso não ajuda. O que ajuda é a orientação, a informação de qualidade. E isso deve começar em casa, com os pais, isso mesmo, os pais. Acredito que ambos devam participar desse processo, mesmo que sejam divorciados.
Conversar com os filhos sobre sexo seguro não os fará perderem a virgindade mais cedo, como muitos pensam. Apenas dará a eles segurança para quando estiverem prontos.
Além disso, as informações vindas da escola e consultas de rotina à ginecologista desde a primeira menstruação ajudam muito!
E se mesmo assim acontecer uma gestação, então o pré-natal deve começar imediatamente para que os riscos sejam minimizados.
Abraços!
Nenhum comentário:
Postar um comentário