Gergin Ginecologia

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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Métodos anticoncepcionais - tipos


Pessoal, tudo bem?

Dois posts quase seguidos!!! Uau!!!  O segredo? Ando trazendo o laptop para a academia🙈 e programado a postagem para um horário de pessoas normais, que geralmente é um horário que já estou no consultório ou no hospital.  Como estou em fase de reabilitação de uma lesão do quadril, não posso correr ou fazer elíptico todos os dias, tenho preferido a bike, daí consigo estudar, trabalhar, escrever enquanto pedalo. 

Começamos falando sobre os DIU - dispositivos intra-uterinos no post anterior. Agora vou escrever um pouco sobre outras opções. Lembrando que todos são medicamentos e devem ser prescritos e acompanhados pela ginecologista, nunca escolhidos e usados por conta própria. Nada substitui a consulta médica!!!
Quando uma mulher me procura em busca de um método anticoncepcional, avalio diversos fatores junto com ela:

  • Quando e se deseja engravidar
  • Histórico de doenças pessoais e de família
  • Hábitos ( como fumo, ser organizada para lembrar, parceiros sexuais, etc)
  • Custos, opinião da mulher sobre tudo isso.
  • O melhor método é aquele que a mulher vai conseguir usar de maneira consistente, aquele que o parceiro concorda ( se houver parceiro fixo) e não causa efeitos colaterais que atrapalhem a qualidade de vida. 


Nenhum método é perfeito!!E nem há nenhum melhor do que o outro. Precisamos pensar qual é o melhor método para aquela mulher, naquele momento da vida dela. É preciso individualizar essa escolha junto com a mulher. 

Vamos lá?



Pílula anticoncepcional: A maioria das pílulas anticoncepcionais contém uma combinação de dois hormônios femininos, algum tipo de estrogênio e algum tipo de progesterona. Devem ser tomadas todos os dias, um comprimido por dia, sempre no mesmo horário, de acordo com a orientação da sua ginecologista. Se a mulher esquecer um comprimido, siga a orientação da sua médica e leia a bula da medicação. Cada medicamento tem uma orientação específica. Também existem pílulas apenas com progesterona, elas são usadas por mulheres que não podem usar estrogênio, como fumantes e mães que estão amamentando, ou por comodidade. As pílulas têm diversas combinações diferentes e essas diferentes combinações nos ajudam a tratar sintomas. Por isso, é tão importante contar para a ginecologista na consulta seus sintomas como por exemplo, inchaço. 
A pausa entre as cartelas pode variar e pode até não haver pausa, depende da medicação escolhida, do objetivo da mulher e da médica. 
O tempo de adaptação gira em torno de 3-4 meses, nesse período é esperado que aconteçam escapes e alguns sintomas. o ideal é que a mulher passe em consulta durante ou logo após esse tempo para avaliação. 


E quem não quer ou não pode tomar comprimido?

Tem gente que tem muito enjoo, queimação do estômago, gastrite, dificuldade de lembrar, enfim...não importa o motivo, o importante é que há opções!


Injetáveis: Existem basicamente dois tipos disponíveis no Brasil
  •  Mensais com estrogênio e progesterona 
  •  Trimestrais somente com progesterona. 
São métodos hormonais, mas devem ser aplicados apenas uma vez ao mês ou a cada três meses, dependendo do tipo. O dia certo será determinado pela ginecologista na consulta. É muito importante seguir a orientação. É um método bacana para pessoas que tem dificuldade de lembrar de tomar comprimidos, como as adolescentes. E os trimestrais podem ser usados durante o aleitamento materno. Só não pode ter medo de injeção.


Adesivos: Contém  estrogênio e progesterona também. O adesivo é tão eficaz quanto os anticoncepcionais orais e algumas mulheres têm escolhido este método, porque só precisa trocar uma vez por semana. A mulher usa o patch por uma semana no braço, ombro, costas ou do quadril. Depois de uma semana, troca, repetindo isso por três semanas. Durante a quarta semana, fica sem adesivo e menstrua. 


Anel vaginal: Um anel de plástico flexível de uso vaginal que contém também algum tipo de progesterona e estrogênio. A mulher usa o anel na vagina, onde os hormônios são liberados um pouco por dia.  A mulher fica com o anel dentro da vagina por três semanas e na quarta semana fica sem e menstrua. É fácil de colocar para maioria das mulheres, discreto, não costuma atrapalhar durante o sexo, mas se incomodar a mulher pode tirar por no máximo 3 horas. 



Implante: é uma pequena haste que contém um tipo de progesterona. O hormônio é liberado lentamente por até 3 anos. Ele é inserido pela ginecologista com uma injeção, e fica embaixo da pele. Já é eficaz depois de 24 horas da inserção. O sangramento irregular é o efeito colateral mais incômodo, porém muitas pacientes podem ficar sem menstruar enquanto estiverem com o implante. Também é considerado um bom método para adolescentes, por conta da longa duração, chances de ficar sem menstruar e por não ter que se lembrar de tomar medicação ou trocar adesivo ou anel. 


E se tudo der errado?

Contracepção de emergência: A contracepção de emergência, também chamada de pílula do dia seguinte, é o uso de medicamentos hormonais em doses altas para evitar a gravidez após sexo desprotegido. Quando usar a pílula do dia seguinte?
1. Se esquecer de tomar a pílula anticoncepcional
2. Se a camisinha estourar 
3. Se tiver relações sexuais desprotegidas por outras razões (incluindo as vítimas de violência sexual). Aliás, #mexeucomumamexeucomtodas

Só deve ser usada em casos especiais, a pílula do dia seguinte não deve ser o seu método de rotina. Se precisar usar mais de duas vezes, talvez seja bom pensar em um método regular, né?

O DIU de Cobre também pode ser usado como anticoncepção de emergência. Falei disso no post passado, se não viu, volta lá!!

Muitas adolescentes usam a pílula do dia seguinte como método de rotina por não ter coragem de ir a ginecologista, algumas os pais não sabem que já tem vida sexual, outras simplesmente tem vergonha ou medo de ir a gineco. 

Pessoal, os pais devem incentivar as meninas a irem à ginecologista desde bem cedo, independente de vida sexual. Nós vamos ajudar a orientar sobre diversas questões relacionadas ao desenvolvimento feminino, não apenas a sexualidade.  O corpo e as emoções mudam muito nesta fase e ter um acompanhamento médico profissional faz diferença. 





Laqueadura: para quem já não quer mais filhos. De acordo com a lei brasileira quem tem mais de 25 anos e/ou dois filhos. Mas o ideal é esperar pelo menos depois dos 30 anos, quando a chance de arrependimento é menor. É um procedimento cirúrgico, minimamente invasivo que objetiva interromper a passagem pelas trompas de óvulos e espermatozóides. É um procedimento definitivo. 

Resumindo, opção não falta, certo pessoal? E independente da opção escolhida, o uso de preservativo é sempre necessário para evitar doenças. E muitas escolhem usar apenas o preservativo também como método anticoncepcional. Se usado corretamente é muito seguro. 

Agora é agendar a consulta com a ginecologista e decidir qual o melhor método para você agora. 
Ref:imagens da internet

Grande abraço!!
Bárbara Murayama

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