Gergin Ginecologia

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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Herpes Genital

Pessoal, 

Hoje passo para escrever sobre uma doença que, infelizmente, não passo uma única semana sem ver: herpes genital!

Mas antes de começar quero dizer que hoje é dia da mulher da minha vida! Minha mãe! Feliz aniversário para vovó do Pedro, dona Maria Altair! Te desejo mais muitos anos de saúde para curtir seu neto e tocar violão! Te amo!




Agora sim, voltando ao tema...

O que é?
Herpes genital é uma doença sexualmente transmissível comum que é causada pelo vírus herpes simplex. 

 O herpes genital é causado pela infecção com o vírus do herpes simples, geralmente o tipo 2. Também pode ser causada pelo vírus herpes simples tipo 1, que é a causa mais comum do herpes oral. 

Depois de ficar infectada, a maioria das pessoas têm episódios recorrentes de úlceras genitais durante vários anos. Embora a infecção possa permanecer no corpo por anos, os surtos tornam-se cada vez menos comuns com o tempo, em pessoas que não tem doenças que prejudicam sua imunidade. 

Quando se está com lesões não se deve ter relações e sempre que é diagnosticada uma DST, é importante que se conte aos seus parceiros sexuais. O herpes genital pode ser transmitido mesmo quando não há úlceras visíveis ou bolhas. Por isso é tão importante usar preservativo em todas as relações sexuais. 

Vejo muitas mulheres que estavam usando preservativos enquanto não estavam namorando e tendo sexo casual e que ao entrarem em um novo relacionamento, em pouco tempo, param de usar preservativo com o novo parceiro ou parceira e é neste momento que podem se contaminar com herpes e outras DSTs. Por isso, quem é minha paciente sabe, eu pego no pé para que usem preservativo!!! 

E como descubro?

Ser diagnosticado com herpes genital ou qualquer DST pode ser uma experiência emocional angustiante, e é importante procurar logo serviço médico para o diagnóstico, controle e orientações.


O diagnóstico é basicamente clínico, as lesões costumam ser bem características. Pode ser confirmado por exame de sangue em alguns casos. 

O que posso sentir?
Os sintomas de herpes genital podem variar se for a primeira vez ou se for um episódio recorrente. Algumas pessoas são infectadas mas nunca terão sintomas. 

Episódio inicial - Para a maioria dos indivíduos, o primeiro surto de herpes é o mais grave, e os sintomas tendem a ser mais intensos em mulheres do que em homens. O primeiro surto geralmente ocorre dentro de algumas semanas após a infecção com o vírus. Os sintomas tendem a resolver dentro de no máximo duas a três semanas.

Os sinais de um episódio inicial de herpes genital incluem bolhas múltiplas na área genital, feridas, úlceras. Costuma ser bastante doloroso, podendo até doer para urinar e sentar. Para as mulheres, os locais mais frequentemente envolvidos incluem a vagina, vulva, nádegas, ânus e coxas.

Após o surto inicial, o vírus "viaja" para um feixe de nervos na base da coluna vertebral, onde permanece inativo por um período de tempo. Isso é chamado de fase latente. Não há sintomas durante esta fase.

Episódios recorrentes - Muitas pessoas experimentam episódios recorrentes de herpes genital, que ocorrem quando o vírus "viaja" através dos nervos para a superfície da pele, causando novo surto. Estes episódios recorrentes tendem a ser mais leves do que o surto inicial. 

Lembrando que é muito importante não ter relações durante os surtos!!! Além de transmitir para o parceiro ou parceira, pode agravar o seu caso se a outra pessoa também tiver a doença e há risco aumentado de adquirir outras doenças sexualmente transmissíveis se a pessoa for portadora, como HIV, hepatite B ou C, Sífilis entre outras. 

As úlceras podem desenvolver-se na mesma área que as do primeiro foco, ou podem aparecer em outros lugares. É possível desenvolver lesões em áreas onde não há contato direto. Por exemplo, é possível ter lesões ao redor do ânus sem ter tido sexo anal.



Cerca de metade das pessoas com um surto recorrente sente sintomas leves antes do aparecimento das lesões. Estes são chamados sintomas prodrômicos, e podem incluir coceira, formigamento ou dor nas nádegas, pernas ou quadris. 

Ficar doente, estresse, cansaço e qualquer outra situação que piore a nossa imunidade podem desencadear surtos de herpes recorrentes. Nas mulheres, os períodos menstruais podem ser um fator desencadeante.

As mulheres conquistaram uma liberdade sexual muito importante nos últimos anos, mas sexo desprotegido pode trazer consequências sérias. Além de todas as doenças graves que podem ser adquiridas, há grande prejuízo na qualidade da sexualidade da mulher que adquire uma DST. Muitas tem dificuldade de voltar a ter relações com tranquilidade, sentem dores crônicas entre outras questões. Por isso, o melhor caminho é a prevenção através do sexo seguro com uso de preservativo!


Grande abraço 

Bárbara Murayama



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