Gergin Ginecologia

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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

De luto por mais uma mãe de família vítima da violência doméstica

Oi Pessoal, 


Hoje mais um caso de violência me deixou arrasada e revoltada. A amiga da minha funcionária doméstica foi assassinada à facadas pelo ex-marido. Deixou 3 filhos aos 26 anos de idade, de acordo com minha ajudante.


Como mulher, como ginecologista e como ser humano comum, já dá para ficar com muita raiva, mas quando penso como mãe aí "o bicho pega"! A revolta é enorme, penso no que será dessas crianças, que futuro, com um pai dessa categoria, sem mãe e ainda com esse trauma?!


Fui atrás de alguns dados sobre violência doméstica e achei esse trabalho super bacana:



PESQUISA INSTITUTO AVON/IPSOS: PERCEPÇÕES SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
CONTRA A MULHER NO BRASIL 2011







http://www.institutoavon.org.br/wp-content/themes/institutoavon/pdf/iavon_0109_pesq_portuga_vd2010_03_vl_bx.pdf

E desse trabalho copiei alguns dados abaixo. Lá tem muito mais informação interessante, vale a pena!



80% dos  homens   e  mulheres   entrevistados  apontam  como  violência 
doméstica os  diversos   tipos  de  agressão  física  sofridos  pela mulher 
no âmbito  familiar  – do  empurrão at é  atos  extremos  que culminam 
em  sua morte.


• 62%  relacionam  violência a agressões  verbais , humilhação, 
falta de respeito,  ciúmes, ameaças .


• 59% dos   entrevistados  declararam  conhecer  alguma mulher  que 
já  sofreu agressão  (65% das  mulheres  e  53% dos  homens ) . 
Desses  59%,  63%  fizeram algo para ajudar,   sendo que  as 
mulheres   entrevistadas   foram mais  proat i vas   com as   vítimas . 


• Entre  os  37% que  não  fizeram nada,  a principal   justificativa  foi 
o  entendimento de  que  não deveriam  interferir   (13% das  mulheres 
e  28% dos  homens ).


Estou cansada de atender mulheres espancadas, estou cansada de ler sobre isso todos os dias nos meios de comunicação...então aproveitando o fim de ano, em que a gente sempre pede que coisas boas aconteçam, peço menos violência, peço que a gente não fique calada se tiver a oportunidade de tentar ajudar uma vizinha, uma amiga, familiar, ou mesmo uma desconhecida qualquer, para que em 2012 menos "Marias" morram ou sejam violentadas de quaisquer forma.




Que descanse em paz...

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