Gergin Ginecologia

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Como passar pelo verão sem candidíase?



Pessoal, o ano novo chegou e para o primeiro post do ano....olha o Pedrinho aí todo protegido do Sol com camiseta e boné com fator de proteção!...

 um assunto que vem com o verão e muitas idas a praias, piscina e biquini molhado! Também mais namoro e mais sexo - com camisinha ok?! Mas sem querer ser estraga prazeres, para muitas mulheres essa combinação acaba em .... candidíase!! 

Os estudos tem dificuldade de contabilizar, mas alguns deles apontam que 5 em cada 10 mulheres terão pelo menos 1 episódio de candidíase durante a vida. 

A candidíase vaginal é um problema comum em mulheres, especialmente nesta época de verão, essa é uma das semanas do ano que eu provavelmente mais recebo pacientes com esse problema. Algumas mães inclusive trazem suas filhotas com coceira na "vava"como chama meu filho, ou na "periquita"apelido dado pela minha amiga Renata, mãe da Mari, com medo que possam estar com candidíase. 

Os sintomas mais comuns são:

 Coceira "infernal" - só quem já teve sabe, né?- ou irritação da vulva - que é a parte interna dos nossos órgãos genitias e em torno da abertura vaginal.
Dor ou ardor para urinar ( ah, infecção de urina também é comum nesta época!!!)
 Dor ou incômodo durante as relações sexuais
 Inchaço, vermelhidão e até rachaduras da mucosa da vulva podem acontecer
Algumas mulheres não têm corrimento vaginal anormal. Outros têm corrimento branco leitoso, com aspecto de coalhada, podendo ser amarelado ou esverdeado, geralmente sem odor fétido.

Geralmente ocorrem como episódios pouco frequentes, mas podem reaparecer com frequência e pode causar sintomas persistentes  e se tornar até candidíase crônica, se não tratada adequadamente.

Essas infecções causadas por fungos ocorrem principalmente em mulheres que menstruam, isso porque a vagina se torna mais ácida próximo ao período menstrual e essa acidez facilita a proliferação dos fungos.
São menos comuns em mulheres pós menopausa que não usam a terapia hormonal contendo estrogênio e são raros em meninas que ainda não tenham começado a menstruar.  Para as mães  de menina o principal cuidado deve ser a higiene, sem excessos, com água e sabonete próprio para idade. Não deixar de biquininho molhado e com areia por muito tempo.   
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O fungo que causa infecções fúngicas (Candida albicans é o principal tipo) normalmente vive no trato gastrointestinal e, por vezes, na vagina. Normalmente, Candida não causa sintomas. No entanto, quando há mudanças na flora normal podem se proliferam.

 Essas mudanças são causadas por medicamentos, lesões ou estresse para o sistema de defesa- que pode ser apenas uma mudança de ambiente, um pouco de álcool a mais, alimentação desregrada, noites mal dormidas, pouca ingestão de água - tudo aquilo que a gente costuma fazer nas festas de final de ano e no verão, né?

Na maioria das mulheres que chega ao consultório com candidíase, não há nenhum problema de saúde subjacente que leva a uma infecção por fungos. Mas existem vários fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolver uma infecção, incluindo:

Antibióticos - A maioria dos antibióticos matam uma grande variedade de bactérias, incluindo aquelas que vivem normalmente na vagina. Estas bactérias proteger a vagina do super crescimento de fungos. Algumas mulheres são propensas a infecções fúngicas enquanto tomam antibióticos.

Os contraceptivos hormonais também podem facilitar. 

dispositivos contraceptivos - dispositivos intra-uterinos (DIU) pode aumentar o risco de infecções fúngicas. Os espermicidas não costumam causar infecções fúngicas, embora possam causar  irritação vaginal ou vulvar.

Sistema imunológico enfraquecido - Infecções fúngicas são mais comuns em pessoas que têm um sistema imunológico enfraquecido devido ao HIV ou uso de certos medicamentos (esteróides, quimioterapia, medicamentos pós-transplante de órgãos).

Gravidez - Secreção vaginal se torna mais perceptível durante a gravidez, embora infecção por fungos nem sempre é a causa.

Diabetes - Mulheres com diabetes estão em maior risco para infecções fúngicas, especialmente se os níveis de açúcar no sangue são frequentemente mais elevados do que o normal.


A atividade sexual - infecções fúngicas vaginais não são uma infecção sexualmente transmissível. Eles podem ocorrer em mulheres que nunca foram sexualmente ativos, mas são mais comuns em mulheres que são sexualmente ativos.


O diagnóstico é basicamente clínico. Durante o exame físico a ginecologista consegue identificar o corrimento e outras alterações. E a partir daí propor o tratamento que pode variar entre comprimidos, cremes vaginais, óvulos vaginais, etc. 

Para se prevenir, manter a resistência do organismo boa é o melhor caminho! Se alimentando a cada 3 horas, com alimentos saudáveis e variados, evitando frituras, excesso de doces. Buscando boas noites de sono, atividade física regular - se não começou a se exercitar, ainda que tal aproveitar o Ano Novo?! Além de evitar beber em excesso. E usar preservativo!

Quanto ao biquini: evite ficar com a calcinha molhada, leve várias calcinhas de biquini e vá trocando ao longo do dia!
 E se qualquer sintoma aparecer, agende com sua ginecologista para uma avaliação!!

Desejo a todos um Ano Novo de Muita saúde e paz!!! 

Abraços!

Bárbara Murayama

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