Pessoal,
Hoje as possibilidades para nos protegermos e escolhermos quando e se queremos ter filhos são enormes. Tem uma infinidade de métodos disponíveis. E é muito importante individualizar esta escolha junto com sua ginecologista. Já escrevi aqui sobre métodos anticoncepcionais.
Mas esses dias recebi algumas mensagens de rapazes através da minha página do facebook https://www.facebook.com/gerginginecologia/
Eles estavam preocupados com suas namoradas que tomaram pílulas do dia seguinte e estão com dúvidas. Então, achei bacana escrever um pouco sobre isso, pois pode ser dúvida de outras pessoas.
Parabéns a esses e todos os rapazes que se preocupam com suas parceiras e participam!!! Sexo é algo que se faz junto e as consequências boas e ruins devem ser encaradas junto também.
imagem da internet
Vamos lá?
A contracepção de emergência (também conhecido como
contracepção pós-coito ou pílula do dia seguinte) é o uso de medicamentos ou de um
dispositivo (DIU) como uma medida de emergência para evitar a gravidez. Aqui vou falar apenas sobre as pílulas de levonogestrel, ok?
As mulheres
que tiveram relação sexual desprotegida recente, incluindo aquelas que tiveram
uma falha de outro método de contracepção, são potenciais candidatas para esta
intervenção. Esse método é destinado para uso ocasional ou back-up, e não como
um método contraceptivo para uso
rotineiro.
Essa talvez seja a informação mais importante: se a mulher
precisou usar uma pílula mais de uma vez em um curto período, é importante que
procure seu ginecologista para escolher um método regular.
Nos Estados Unidos, uma em cada nove mulheres em idade
reprodutiva utilizou contracepção de emergência pelo menos uma vez entre 2006 e
2010.
Quando tomar?
- Quando não foi usado nenhum método contraceptivo
- Quando seu método falhou, seja uma camisinha que estourou ou ter esquecido de tomar as pílulas adequadamente por exemplo. Cada método tem um jeito correto de usar. Antes de começar a usar, converse com sua ginecologista, leia a bula e esclareça todas as suas dúvidas sobre como usar.
Como os métodos de emergência funcionam?
- Retardam a ovulação, inibem a fertilização.
- Afetam a viabilidade e função do esperma.
Todos os contraceptivos de emergência só funcionam antes de uma gravidez já
implantada. Se a mulher já estiver grávida, não funcionam. NÃO SÃO ABORTIVOS!! Essa é talvez a segunda
informação mais importante!
A pílula de levonorgestrel tem taxa de falhas de 2 a 3 % e
impede cerca de 50 % das gestações.
E se a mulher estiver acima do peso?
As mulheres obesas
(IMC- índice de massa corpórea ≥30 kg / m2) que tomam pílula do dia seguinte
parecem ter 4x maior risco de gravidez e
mulheres com sobrepeso (IMC de 25 a 29,9 kg / m2) parecem ter 2x maior risco de gravidez. Na verdade, para
as mulheres com sobrepeso e obesidade, uso de levonorgestrel não foi associada
com uma redução significativa na taxa de gravidez, em comparação com as que não
tomaram nada.
E se a mulher faz uso de medicações de uso contínuo?
Se a mulher faz uso de algum desses medicamentos, a pílula
do dia seguinte talvez não tenha o efeito esperado! Porque esses medicamentos reduzem
os níveis de levonorgestrel no sangue:
● anticonvulsivantes (por
exemplo, os barbitúricos, primidona, fenitoína, carbamazepina)
● Antituberculose (por
exemplo, rifampicina, rifabutina)
● Anti-retrovirais
● antifúngicos
E se minha menstruação bagunçar?
Sangramento irregular não é incomum no mês após o
tratamento. E essa é uma das principais aflições das pacientes, muitas ficam
desesperadas com sangramentos adiantados ou atrasados. Em um estudo científico
com mulheres que tomaram pílulas de levonorgestrel para contracepção de emergência,
16% relataram sangramento não-menstrual na primeira semana após o uso.
Essa irregularidade passará em breve para a maioria das mulheres e a menstruação voltará ao normal. Mas o ideal é ter um acompanhamento médico da sua ginecologista antes e depois do uso da pílula do dia seguinte. Só após consulta médica, exame físico a médica poderá orientar a mulher sobre isso adequadamente.
Outros efeitos secundários comuns incluem tonturas,
cansaço, dor de cabeça, sensibilidade mamária e dor abdominal inferior.
A pílula então, não deve ser usada como o método anticoncepcional de rotina e tampouco previne contra doenças sexualmente transmissíveis.
Portanto, o ideal é usar preservativo em todas as relações e conversar com sua médica sobre um método regular se estiver tendo relações frequentes, que pode ser o próprio preservativo, desde que usado corretamente.
Fico por aqui!!
Grande abraço!
Bárbara Murayama
Oi Dra Bárbara, tudo bem? Eu gostaria de saber se você conhece a injeção Cyclofemina. Uma amiga minha toma e eu estou pensando em tomar também. Vai ser meu primeiro anticoncepcional, nunca tomei nada. Já li a bula aqui http://cyclofemina.com.br/ mas queria a opinião de um profissional. Obrigada!
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